Uma controlada do grupo gaúcho Randon, a Suspensys fechou um contrato de 10 anos com potencial de gerar receita de R$ 7 bilhões. O acerto é para fabricar e fornecer eixos dianteiros para uma montadora de caminhões e ônibus, que a empresa não informa qual é nem o motivo para não fazê-lo. No comunicado aos acionistas, apenas diz que é uma das "maiores do Brasil". No mercado, especula-se que seja Volkswagen ou Mercedes-Benz.
Para atender o contrato, a Suspensys terá que comprar ativos e construir uma nova fábrica em Mogi Guaçu, em São Paulo. A unidade deve começar a operar no primeiro trimestre de 2025. Enquanto isso, a operação ainda precisa da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que é fiscal da concorrência de mercado no país. Na estratégia da companhia, está se reforçar como fabricante de peças originais. O valor projetado é grande, mas dividido pelo período do acerto, fica em R$ 700 milhões por ano, pouco mais de 6% da receita bruta atual.
A Syspensys Sistemas Automotivos foi fundada em 1997. Chegou a ser parte de uma joint venture, mas foi totalmente adquirida pelo conglomerado Randon em 2013 por US$ 195 milhões. Com sede em Caxias do Sul, a empresa tem mais de mil funcionários nas unidades do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro e do México. Atualmente, fornece produtos para montagem de caminhões, ônibus e semirreboques por clientes das Américas, Europa, África e Ásia.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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