Tem espaço bom para a Petrobras reduzir o preço da gasolina nas refinarias. Na semana passada, a estatal cortou apenas o do diesel. Agora, está cobrando R$ 0,38 a mais do que o mercado internacional, ou seja, 14%. Já é um percentual que leva a alterações por parte da empresa, mesmo que não chegue a zerar a diferença.
O dólar vem caindo, mas a principal influência é do petróleo. A cotação da commodity caiu com força nos últimos dias, especialmente ontem, com os problemas em bancos norte-americanos e dados de desaceleração ainda maior da economia dos Estados Unidos. Voltou, aliás, ao patamar anterior à disparada provocada pelo anúncio da Arábia Saudita de corte de produção. Ainda hoje, a decisão do Federal Reserve (Fed) de elevar o juro e a sinalização sobre a política monetária restritiva podem pressionar mais a perspectiva de consumo menor de combustíveis. É provável que a Petrobras espere para ver.
Nas bombas, o consumidor sentiu oscilações recentemente. Primeiro, o preço da gasolina caiu, especialmente nos postos da região metropolitana de Porto Alegre, acompanhando retração de consumo. No final da semana passada, nas vésperas do feriadão, os valores aumentaram.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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