O corte de R$ 0,38 anunciado pela Petrobras para o diesel na refinaria compensará o aumento do ICMS previsto para a semana que vem. E, certamente, isso não é coincidência, já que a estatal estava há dias com espaço para reduzir o preço do combustível que abastece o motor de uma economia concentrada no transporte rodoviário. O dólar recuou e o petróleo parou de subir. Além disso, também ameniza o impacto no preço na bomba do aumento da mistura de biodiesel, que é mais caro.
A mudança na cobrança do ICMS ocorreria em abril, mas foi adiada agora para maio. Lei federal determinou um valor único nacional, a ser alterado a cada seis meses. De largada, os secretários estaduais da Fazenda definiram um valor que fica acima do atual no Rio Grande do Sul, o que leva a um aumento estimado agora de R$ 0,27 por litro, segundo o presidente do sindicato que representa os postos de combustíveis, Sulpetro-RS, João Carlos Dal'Aqua. Já houve uma elevação recente de R$ 0,15.
Segundo a última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o diesel está custando, em média, R$ 5,69 no Rio Grande do Sul. Mesmo que sobre uma redução desse mexe na semana que vem, não ficaria abaixo da gasolina, que está em R$ 5,34. Ambos estão longe ainda de alcançar os patamares do ano passado, quando estavam bem mais caros.
Outros combutíveis
No horizonte, tem a mudança no ICMS da gasolina programada para junho, que também deve trazer aumento. Ainda há a expectativa quanto ao retorno dos impostos federais, que seguem zerados para o diesel até o final do ano e voltaram apenas em parte na gasolina. Agora em maio, também muda o ICMS do gás de cozinha. Presidente do sindicato que representa o setor, Singasul, Ronaldo Tonet, calcula um aumento de cerca de R$ 6,50 no botijão do gás de cozinha.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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