Ao invés de arrefecer, o preço do seguro de veículos pisou no acelerador. A alta acumulada em 12 meses na região metropolitana de Porto Alegre já supera 49%. Isso representa mais do que 10 vezes a inflação geral do período. A alta forte aparece na média nacional, mas varia bastante entre as regiões pesquisadas pelo IBGE. Em algumas, mais do que dobrou de valor, enquanto, em outras, o aumento girou em torno de 10%, mas todos superam a inflação.
Importante lembrar que a disparada não é de agora. Começou ainda no ano passado, ou seja, há alta em cima de aumento nesses índices. A principal justificativa foi o aumento no preço dos carros, o que influencia também o IPVA, por exemplo. Faltou peça e carro novo com a trava na logística mundial e problemas de pandemia na China, o que elevou também o preço dos usados. A guerra no leste europeu também dificultou o fornecimento de insumos para eletrônicos que compõem o veículo.
Apesar de o furto e o roubo de veículo terem recuado 18% no Rio Grande do Sul na comparação com o ano passado, pelos dados de Secretaria da Segurança Pública, casos de acidentes com danos materiais aumentaram porque as pessoas voltaram a circular mais após o distanciamento social da pandemia. Só em Porto Alegre, a EPTC já registra alta de 16% em 2022. O pagamento de indenizações de seguros aumentou bastante ainda no primeiro semestre. Ou seja, o seguro é acionado mais vezes, sai mais caro para a seguradora e esse custo é dividido entre os clientes. E, quando o preço sobe, a tendência é de que o número de usuários para compartilhar a conta diminua.
Os índices de aumento mostram o passado, mas os reajustes não perderam força. O corretor Jorge Kath, da Bika Corretora de Seguros, conta que uma renovação chegou agora com aumento de 91%. Ele alerta também para o aumento, especialmente para carros importados, nos valores das franquias, que são pagas para acionar o seguro.
Há um ano, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) fez uma desregulamentação no setor para dar maior liberdade às seguradoras para o lançamento de apólices customizadas. Na época, se falava em baratear produtos em 40%. A novidade ainda não emplacou, as seguradoras não aumentaram portfólio.
Enfim, para economizar, a regra básica é pesquisar para comparar cotações. O corretor de seguros pode parecer um custo a mais, mas também vale a consulta, já que os profissionais conhecem as opções e têm acesso a descontos. Além disso, renegocie preços e reavalie se a cobertura atual do seguro pode ser alterada para uma opção mais acessível:
1 - Abrir mão de carro reserva
2 - Não ter assistência 24h se não fizer viagens longas
3 - Não ter guincho com quilometragem ilimitada
4 - Dependendo do condutor, pode não precisar de cobertura por colisão
5 - Pode optar por um seguro exclusivo contra furto e roubo, ou contra danos a terceiros
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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