Agosto fechou com uma deflação menor em Porto Alegre. O Índice de Preços ao Consumidor, calculado pela Fundação Getúlio Vargas, fechou o mês em -0,76%, recuo menos intenso do que no mês anterior, quando foi de -0,92%.
Assim como em julho, a deflação segue puxada, principalmente, por gasolina, conta de luz e telecomunicações. Todos tiveram redução de tributos por lei federal sancionada no final de junho. Os impostos federais foram zerados até o final do ano, enquanto a alíquota de ICMS caiu de 25% para 17% nesses segmentos. Além disso, o preço do petróleo em queda no Exterior abriu espaço para a Petrobras reduzir o preço da gasolina na refinaria.
Na outra ponta, como principal pressão de alta, estão as refeições em bares e restaurantes. Aqui, se avalia que está ocorrendo um repasse represado de alta de custos e também recuperação após os prejuízos que o segmento acumulou durante as restrições da pandemia. A volta dos clientes abre espaço para este ajuste. Em segundo lugar, segue a pressão do reajuste dos planos de saúde.
Mas os dois meses de deflação acabaram, claro, por puxar bastante a inflação acumulada de 12 meses. O índice recuou para 6,77%, ficando ainda mais longe dos dois dígitos que registrava ao longo do primeiro semestre.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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