Para falar do reajuste recorde de 15,5% autorizado para os planos de saúde individuais e familiares, o Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, ouviu o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello. No Rio Grande do Sul, são 351 mil gaúchos que contrataram essa modalidade. Confira:
Qual é a tendência para 2023, já que os custos seguem subindo?
Estamos acompanhando a cada trimestre. Houve um aumento das despesas assistenciais no primeiro trimestre, mas isso é um comportamento natural para o período, obviamente, retirando a pandemia. Temos que olhar mês a mês, mas eu acredito que essa onda que acabou acontecendo em 2021, com as pessoas voltando a usar os hospitais, as redes prestadoras, tende a diminuir e ficar em uma média histórica anterior a 2020, antes da pandemia.
Há receio de que este reajuste, aplicado com a inflação de agora, provoque cancelamento do plano de saúde pelos usuários?
Obviamente, qualquer reajuste traz a possibilidade de os beneficiários não terem condições de arcar e sair do mercado. Mas vamos acompanhar, obviamente. Temos visto desde 2020 um aumento crescente na entrada de novos beneficiários no setor de saúde suplementar. É bom que se diga que a agência tem o Guia ANS de planos, onde o beneficiário pode fazer um cadastro, colocar o CPF e a ferramenta informa quais operadoras possuem um plano na necessidade dele. Pode usá-la para fazer a portabilidade, fazendo com que permaneça com o contrato junto a uma operadora de plano de saúde.
Estamos falando de planos individuais e familiares. As demais modalidades, como os planos empresariais, terão reajuste semelhante?
Os coletivos são aqueles em que a empresa ou entidade de classe é que contrata a operadora de plano de saúde para ofertar o benefício para seus funcionários ou associados. O reajuste é, então, pactuado entre o contratante, que é a empresa ou a associação, e a própria operadora. A agência acompanha, monitora, mas há livre negociação. Haverá situações que podem ser maior do que o percentual do individual, mas também reajuste menor. Acompanhamos para ver se há reajuste abusivo ou não.
Ouça a entrevista na íntegra:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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