Empresas que não assinarem o contrato ou não apresentarem os documentos que faltam em até 72 horas perderão o direito ao crédito tomado no programa Juro Zero. A informação foi dada há pouco à coluna pelo secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, Edsom Brum. Segundo ele, só no Badesul, há 250 operações travadas por esses motivos. Elas somam R$ 15 milhões, dinheiro que pode ser liberado para outras empresas solicitarem empréstimos com taxas subsidiadas pelo governo. A estimativa é de haja mais tomadas de crédito em suspenso por situação semelhante no BRDE.
Pelo programa, as empresas tomam os empréstimos com recursos de BRDE e Badesul, mas o juro é pago pelo governo gaúcho. Vale usar o dinheiro para capital de giro e para investimento, mas não pode pagar dívida já existente. Foram disponibilizados R$ 100 milhões, valor que o secretário Brum tenta aumentar levantando informações sobre a destinação dos recursos. Ele destaca que o recurso emprestado até agora alavanca uma movimentação de R$ 600 milhões em crédito contratado, que é injetado na economia. Quem faz a análise de crédito são os operadores que emprestam os recursos. Só vale para empresas com sede no Rio Grande do Sul.
Pouco mais de um mês após entrar em vigor, o programa do governo estadual que banca subsídio em juros de crédito para pequenas empresas beneficiou 16,9 mil empreendimentos até a última semana. Esse valor representa 84% das 20 mil operações de crédito previstas pelo governo no lançamento da ferramenta.
Como funciona
Cada CNPJ pode realizar uma operação no programa. As categorias contempladas possuem um limite de crédito de acordo com o porte de empresa:
- Microempreendedor individual (faturamento anual até R$ 81 mil): R$ 10 mil com amortização em 12 meses
- Microempresa (faturamento anual até R$ 360 mil): R$ 30 mil com amortização em 33 meses
- Empresa de pequeno porte (faturamento anual de até R$ 4,8 milhões): R$ 100 mil com amortização em 33 meses
- Para empresas de pequeno porte e microempresas, o prazo de financiamento é 36 meses, incluindo três meses de carência. MEIs também têm três meses de carência e outros 12 meses para amortizar o valor financiado.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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