A China bloqueou parcialmente as cidades de Xangai e Shenzhen por uma semana para combater salto repentino nos casos de covid-19. É a política de covid zero, que vem sendo adotada pelo governo chinês. São os principais centros de fabricação de eletrônicos do país, o que eleva o temor de problemas maiores para a cadeia de suprimentos.
A crise dos semicondutores marcou 2021 e havia expectativa de que a situação melhorasse. De carros a celulares, fábricas suspendem periodicamente a produção por escassez de peças. Inclusive a fábrica da General Motors (GM) no Rio Grande do Sul. Falta de modelos e alta de preços viraram rotina para os consumidores.
Em Shenzhen, sul da China, foram colocadas 17,5 milhões de pessoas em lockdown. A cidade é um importante porto e centro tecnológico. Serão feitas três rodadas de testes em massa. A gigante taiwanesa do setor eletrônico Foxconn, principal fornecedora da Apple, informou a suspensão de operações em Shenzhen, porque o confinamento afeta o funcionamento de suas fábricas. Disse ter transferido a produção para outros centros.
Coordenador da Corona-ômica, o virologista Fernando Spilki monitora:
- Atento a isto e a novas elevações na Europa também. Ainda sem nenhuma informação sobre o vírus que circula nesse surto. Provável ramificação de Ômicron.
Bolsas recuaram. Na China, Hong Kong teve queda de 4,97%. O índice Xangai Composto fechou com perda de 2,60%. Petróleo opera em queda de cerca de 5%, apesar de manter um patamar alto acima dos US$ 100.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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