Moeda russa, o rublo está registrando desvalorização recorde, com queda de 30% nesta segunda-feira (28). Antes de ter as negociações suspensas pelo banco central da Rússia, a bolsa de Moscou teve as mínimas da moeda em relação ao dólar e ao euro. Isso é consequência das sanções financeiras impostas por outros países após a invasão da Ucrânia. Elas se intensificaram na madrugada, com o objetivo de cercar o financiamento da guerra excluindo a Rússia do sistema financeiro mundial.
Com o abalo no mercado russo, há, claro, debandada de investidores, por mais que cada vez mais esteja operacionalmente difícil para os estrangeiros venderem rublos. Isso provoca desvalorização da moeda local, como nós, brasileiros, sabemos bem. Mesmo que sem guerra, o real tem seus baques, como quando o governo federal furou o teto de gastos.
Como resposta, o banco central russo mais do que dobrou a taxa de juro do país. Ela passou de 9,5% para 20%, o que é uma decisão bastante drástica. Isso visa dar mais rentabilidade aos investidores para que mantenham suas divisas por lá. As elevações já vinham ocorrendo mesmo antes do conflito, pois a Rússia enfrentavam inflação, assim como outros países. E, continuando a guerra, sofrerá ainda mais com a alta de preços, com escassez de produtos e, claro, com recessão.
Os próprios russos vêm formando filas para sacar dinheiro em caixas eletrônicos. O banco central russo declarou que elevou os juros para "sustentar a estabilidade financeira e de preços e proteger as economias dos cidadãos contra a depreciação". Há expectativa de que ocorra um colapso do rublo, provocando inadimplência da dívida do país. As sanções afastaram o pouco apoio à moeda garantido com medidas que o banco central russo tomou desde a semana passada.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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