As taxas de juros ao consumidor completaram 12 meses consecutivos de alta pela pesquisa da Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac). O movimento começou em dezembro de 2020. Foi antes mesmo de o Banco Central iniciar o ciclo de alta da taxa de juro Selic, que, em menos de um ano, saltou dos 2% para 9,25% e subirá mais na reunião de fevereiro.
Quando começou a subir, a média mensal do juro ao consumidor estava em 5,51% ao mês. Agora em novembro, foi registrada uma taxa de 6,31%.
Disparada, a mais alta é a do rotativo do cartão de crédito, empréstimo usado automaticamente quando o consumidor atrasa a fatura. Por mês, ela está em 13,16%. Ao ano, passou de 340%.
Em segundo lugar, aparece o limite do cheque especial. Usá-lo gera uma dívida com juro médio mensal de 7,58%. Ao ano, supera 140%.
E qual a tendência? É de subir mais. O motivo básico é que a Selic seguirá subindo. O Banco Central deixou claro que a sua intenção é manter o ritmo forte de alta até a inflação voltar para o eixo no país. Há, ainda, a pressão da inadimplência, que começou a subir. O risco de não receber o pagamento é embutido nas taxas pelas instituições financeiras.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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