Um estacionamento da Rua da República, no bairro Cidade Baixa, dará espaço a um complexo residencial e comercial. Perto da Rua General Lima e Silva, o projeto foi chamado de Soul República e receberá um investimento de R$ 50 milhões da Tomasetto Engenharia, uma incorporadora que atua há 40 anos no mercado de construção. Aliás, é o primeiro empreendimento da empresa no bairro de Porto Alegre.
A parte residencial terá oito andares, com 132 apartamentos. No térreo, haverá um espaço comercial, como uma mercearia. O segundo andar será ocupado pelo que a empresa está chamando de boulevard gastronômico, que terá 10 salas comerciais destinadas a restaurantes e bares. No subsolo e em parte do primeiro pavimento, haverá, também, um estacionamento rotativo.
— Sempre gostamos muito da Cidade Baixa, mas era difícil achar bons terrenos. Neste que vamos construir, ficava um estacionamento muito grande, consolidado da região. Para não tirar vagas dos locais, o projeto também terá o estacionamento rotativo — comenta o diretor Romeu Tomasetto.
Quem está tocando o projeto arquitetônico é o Grupo Sólido. O diretor Juliano Souto destacou à coluna que o projeto segue características de "gentileza urbana", um conceito da arquitetura que evita o uso de grades e que permite acesso à comunidade, não só moradores.
— Na frente do empreendimento, temos uma grande praça para qualquer pessoa sentar, tomar chimarrão, ter uma sombra. É o espaço onde o público e privado interagem. Além disso, haverá uma escada rolante na calçada para que o pedestre acesse o boulevard gastronômico — fala Souto.
Além das áreas abertas, os moradores terão, claro, seus espaços exclusivos, como áreas de lazer e de serviços. Os apartamentos terão entre 28 e 50 metros quadrados, com preços a partir de R$ 310,2 mil. A entrega do Soul República está prevista para setembro de 2025. As obras vão gerar 80 empregos diretos.
A coluna aproveitou para perguntar a Tomasetto como a empresa estava lidando com os preços das matérias-primas e a inflação dos materiais de construção.
— Estamos monitorando. A construção civil tem um indexador que nos protege da inflação, dando resguardo a quem compra unidade ao saber que a construtora vai ter condições de entregar. É o INCC, que é um reajuste mensal que vai repassando o custo da inflação do período para construtora. Mas, claro, que a questão dos preços é preocupante. Acreditamos em um cenário de estabilização. Algumas matérias-primas já chegaram no seu topo, como o aço, que subiu quase 150% esse ano. Sentimos que parou de subir. O cenário está um pouco mais tranquilo para fazer o lançamento. Conseguimos trabalhar com uma taxa de preço que entendemos que está adequada. Lançamos há dois dias, e já estamos com 15 unidades reservadas.
A Tomasetto também está construindo um empreendimento logístico em Alvorada, quase na divisa com Gravataí. Relembre: Complexo logístico de R$ 28 milhões será construído na RS-118
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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