O novo investimento que a CMPC fará na fábrica de celulose em Guaíba vai gerar 7 mil empregos no Rio Grande do Sul. A estimativa da empresa considera os postos de trabalho diretos, indiretos e aqueles que são induzidos pela geração de renda na economia. Só na obra para ampliação da capacidade, a previsão é de que serão necessários 2 mil profissionais.
Atualmente, a unidade já gera 6,5 mil empregos diretos e indiretos. Pela grande movimentação que gera na cadeia econômica, a CMPC estima ter um impacto na geração de 45 mil postos de trabalho. A relevância da unidade na economia é tão grande, que reduções ou aumentos significativos de produção têm impacto visível no PIB do Rio Grande do Sul.
O novo investimento da CMPC no Rio Grande do Sul será R$ 2,75 bilhões para ampliação de produção e modernização. Antecipado pela coluna nessa quinta-feira (5), o plano foi aprovado à noite passada pelo comando da empresa, que tem sede no Chile. O projeto foi batizado de BioCMPC.
A expansão aumentará a capacidade da unidade em 350 mil toneladas por ano. Atualmente, ela produz 2 milhões de toneladas. A ideia é, com isso, reduzir o custo de produção e consolidar a fábrica gaúcha como uma das mais eficientes do mundo. A obra já começará em setembro com previsão de ser finalizada em 26 meses. Também como a coluna havia antecipado, há diversas premissas de sustentabilidade no projeto BioCMPC. Entre elas, está a redução do uso de água no processo industrial, das emissões de gás, efluentes, odores e ruídos.
A empresa é conhecida por ter feito o maior investimento privado da história recente no Estado, quando aportou R$ 5 bilhões entre 2013 e 2016 para duplicar a fábrica de Guaíba, que ainda era chamada de Celulose Riograndense. Em 2019, atingiu a capacidade plena e aplicou mais R$ 170 milhões em processos para aumento de produtividade na unidade gaúcha.
Prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata aguardava ansioso o novo anúncio. Conta que a prefeitura já deu início à organização de cursos de preparação de mão de obra para que as vagas sejam ocupadas principalmente por pessoas da região.
Há ainda um plano para uma nova fábrica gaúcha, o que já faz a companhia movimentar a sua base florestal. Provavelmente, a operação ficará na metade sul do Rio Grande do Sul. Quando a coluna esteve no Chile em 2019 visitando as instalações da empresa, o CEO Francisco Ruiz-Tagle enfatizou que sua expansão no mercado brasileiro seria pelo Rio Grande do Sul. A CMPC produz atualmente no Brasil quase o mesmo do que no Chile, onde fica sua sede. Ela comprou em 2009 a fábrica gaúcha que pertencia à Aracruz.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo GZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.