Gigante chilena do setor de celulose e papel, a CMPC prepara um grande investimento para o Rio Grande do Sul. Mais um. A empresa é conhecida por ter feito o maior investimento privado da história recente no Estado, quando aportou R$ 5 bilhões entre 2013 e 2016 para duplicar a fábrica de Guaíba, que ainda era chamada de Celulose Riograndense. Em 2019, atingiu a capacidade plena e aplicou mais R$ 170 milhões em processos para aumento de produtividade na unidade gaúcha.
A novidade ainda é tratada com sigilo, pois precisa de aprovações finais do comando da CMPC. A empresa tem capital aberto na bolsa de valores de Santiago do Chile. Nesta quinta-feira (5), será divulgado o balanço financeiro do segundo trimestre. A ideia é detalhar o plano para a fábrica do Rio Grande do Sul nesta sexta (6).
Fontes disseram à coluna que se trata de uma grande modernização da estrutura, o que permitirá aumento de produção. Haverá um foco grande em sustentabilidade. Não será uma nova fábrica. Ao menos, por enquanto. Isso porque há, sim, um plano para uma nova unidade no Estado, com planejamento que já movimenta sua base florestal. Quando a coluna esteve no Chile em 2019 visitando as instalações da empresa, a direção enfatizou que sua expansão no mercado brasileiro seria pelo Rio Grande do Sul. A CMPC produz atualmente no Brasil quase o mesmo do que no Chile, onde fica sua sede. Ela comprou em 2009 a fábrica gaúcha que pertencia à Aracruz.
Prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata também aguarda ansioso o anúncio. A empresa ganhou mais importância para o município da Região Metropolitana desde que a CMPC assumiu a fábrica há pouco mais de 10 anos. Atualmente, ela emprega mais de 6 mil pessoas. Segundo ele, a obra do novo investimento, sozinha, deve gerar um número elevado de empregos, podendo superar mil postos de trabalho. Maranata conta que a prefeitura já deu início à organização de cursos de preparação de mão de obra para que as vagas sejam ocupadas principalmente por pessoas da região.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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