Ficou definido o dia 31 de dezembro como prazo máximo para o Nacional desocupar o supermercado que fica na Rua Carazinho, na frente da Praça da Encol, no bairro Bela Vista, em Porto Alegre. O imóvel foi comprado pelo Grupo Zaffari em 2014, mas segue com a operação de varejo que, atualmente, pertence ao Grupo Big. Aliás, a holding dona do Nacional está sendo comprada pelo Grupo Carrefour.
O advogado Ricardo Fortes, sócio da Silveiro Advogados e representante do Grupo Zaffari no processo judicial, explica que foi fechado um acordo entre as partes. A Justiça já havia determinado a desocupação, como a coluna noticiou em março. Ou seja, o Zaffari poderia executar a decisão, mas chegou-se a um consenso quanto ao prazo, explicou Fortes à coluna. O acordo já foi homologado na Justiça e, com isso, o processo está extinto.
Antes da venda, o imóvel era da família Febernati, que chegou a ter um tradicional mercado no local. Como determina a lei, quando a proprietária decidiu vendê-lo, ofereceu à empresa dona dos supermercados Nacional. Há um direito de preferência. No entanto, ela não quis comprá-lo. Foi, então, que o Grupo Zaffari adquiriu o imóvel, mas respeitou o contrato de locação de 15 anos com o Nacional. Só que ele terminou em janeiro de 2020. O Nacional não deixou o imóvel e ingressou com uma ação judicial para que o contrato fosse renovado por mais 15 anos.
O Zaffari, por sua vez, não tinha interesse na renovação, já que tem um projeto para o espaço. O plano da empresa é fazer um grande investimento no local, que é bastante importante para a cidade, complementa o advogado Ricardo Fortes. Sobre o projeto, a coluna havia noticiado ainda em fevereiro que foi aprovado o Estudo de Viabilidade Urbanística para a construção de um projeto do Zaffari no ponto, que fica na esquina com a Avenida Nilópolis. Trata-se de um investimento de cerca de R$ 95 milhões que inclui, além de um supermercado, duas torres residenciais e um centro comercial.
A solicitação registrada pela Companhia Zaffari na prefeitura de Porto Alegre totaliza 56 apartamentos, um supermercado, 20 lojas e 595 vagas de estacionamento. A área construída proposta é de mais de 20 mil metros quadrados. O projeto está entre os prioritários da prefeitura, nos quais há o comprometimento de iniciar as obras em até um ano após as licenças.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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