O meu pedido para o Papai Noel deste ano é a vacina. Imagino que seja o mesmo de muitos leitores. Acho até bom, pois o bom velhinho pode, então, focar bem seu trabalho, o que não significa que seja menos difícil o trabalho. Aliás, é pensando que as comunidades científica, econômica, política e todas as outras estão de olho nisso nos últimos meses, que criei a esperança de que teríamos vacina em tempo recorde na comparação com outras doenças que a humanidade enfrentou. Também é nessa vontade mundial de acabar com a pandemia que imagino que teremos várias vacinas disponíveis, que resolveremos os obstáculos da produção em escala e os problemas de logística. Não há solução que demande mais dinheiro do que esse vírus está fazendo a economia sangrar. Achando-se uma solução, ela será financiada.
Há poucos dias, ouvia a colega Kelly Matos perguntar no Sala de Redação onde o pessoal estava disposto a tomar a vacina, se no braço ou no bumbum mesmo. Eu, de imediato, já disse logo depois no programa Gaúcha Mais que tomaria até na testa. E nem precisa ser de graça, lembrando do ditado que diz "De graça, até injeção na testa." Medo de agulha? Nenhum. Vou tomar injeção sorrindo.
Para calibrar meu otimismo, costumo perguntar sobre os assuntos relacionados ao coronavírus para o presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV), Fernando Spilki, que integra diversos grupos nacionais e internacionais de estudo do vírus. Ao longo desses meses, ele avalia para a coluna de novos medicamentos a produtos lançados pelas empresas. Sempre realista e "pé no chão", ele me respondeu hoje que tomaria qualquer uma dessas vacinas que estão apresentando resultados agora:
- Eu tomaria qualquer uma dessas vacinas em fase mais avançada de testes. São vacinas que variam de formulações mais tradicionais até soluções mais inovadoras, mas todas com níveis de segurança e eficácia satisfatórios, como é possível entender dos relatórios e artigos publicados até o momento - explicou Spilki.
Boa a resposta do presidente da SBV, não? Espero que ela traga sustentação para otimismos e esperança para pessimismos. Leia também o Diário de Voluntária, onde a colega Andressa Xavier conta em GZH como está participando dos testes.
Estou completando 40 anos nesta terça-feira (8). Ou seja, estou "quarentando na quarentena". Nunca fui de comemorar aniversário, mas sempre amei quando meus familiares e amigos ignoravam isso e marcavam algo mesmo assim. O dia hoje tem sido bacana, com notícias ótimas sobre as vacinas se intercalando com a campainha de casa avisando de entregas e visitas para um aceno no corredor, de longe. Obrigada, Papai Noel!
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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