A taxa de desemprego subiu novamente no Rio Grande do Sul. Passou para 10,3% no terceiro trimestre de 2020, contra 9,4% do trimestre anterior. Com o avanço, a estimativa do IBGE é de 574 mil desempregados no Estado, considerando pessoas que gostariam de trabalhar, mas não conseguem.
A pesquisa do instituto é feita por amostragem e considera diversos tipos de trabalho, não apenas carteira assinada. Estar ocupado vale também para trabalhadores por conta própria, informais, empregadores e também empreendedores sem CNPJ. Além disso, é trimestral. São parâmetros diferentes do Caged, divulgado mensalmente pelo governo federal e que considera apenas empregos com carteira assinada informados pelas empresas.
Na pesquisa do trimestre encerrado em setembro, chamou a atenção que pessoas pararam de buscar emprego, fenômeno que ocorre desde o início da pandemia. Em tese, isso reduziria a taxa de desemprego, mas houve um fechamento ainda maior de postos de trabalho, o que acabou por elevar o indicador. Isso aparece no fato de que caiu em 167 mil o número de pessoas trabalhando. Destaque para os resultados negativos nas categorias de empregado com carteira assinada; militares e funcionários públicos estatutários e trabalhadores por conta própria.
Apesar da alta, o Rio Grande do Sul segue com uma das menores taxas de desemprego do país. Fica atrás apenas de Santa Catarina (6,6%), Mato Grosso (9,9%) e Paraná (10,2%). A média nacional fechou o trimestre em 14,6%.
Desalento e subutilização
Aumentou também o número de pessoas desalentadas, como são chamados aqueles que desistiram de buscar trabalho. Passou de 118 mil para 132 mil indivíduos na estimativa do IBGE. É uma alta de 11,9%.
Os trabalhadores subutilizados também aumentaram, +8,2%. São as pessoas que poderiam estar trabalhando mais horas. O instituto calcula em 299 mil pessoas entre quem está trabalhando.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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