Previsto para esta sexta-feira (10), ainda não saiu o reajuste anual para 2020 de aposentados e pensionistas do INSS que recebem acima do piso nacional. A data do anúncio tinha sido informada para a coluna pela própria Previdência Social, que tradicionalmente envia o comunicado logo após a divulgação pelo IBGE para do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do fechamento do ano anterior.
Ainda há a expectativa de que seja publicado ainda hoje em edição extra do Diário Oficial da União. A assessoria de imprensa do INSS, no entanto, não está atendendo aos telefonemas. O percentual será aplicado para benefícios de 11,7 milhões de pessoas.
Há uma questão neste ano. Com uma disparada na finaleira de 2019, o INPC veio alto, em 4,48%. É acima do IPCA, de 4,31%, e do que o 4,1% que foi aplicado para o salário mínimo nacional, que também reajusta as aposentadorias de quem ganha o piso.
Ou seja, aplicado como previsto, quem ganha mais teria reajuste maior do que quem recebe o mínimo. Isso, certamente, está gerando uma reflexão em Brasília. Até mesmo porque o salário mínimo, com o reajuste aplicado na virada de janeiro, não repõe nem a inflação, ou seja, não há sequer a corretação monetária, fazendo com que o salário mínimo perca o poder de compra.
No dia 31 de dezembro, o governo federal anunciou que o valor do salário mínimo seria corrigido de R$ 998 para R$ 1.039 em 2020, o que ocorreu já no início de janeiro. O acumulado do INPC até novembro de 2019 tinha sido de 3,22%. No entanto, ele acelerou em dezembro, puxado pela disparada da carne e da gasolina, principalmente.
Em 2019, o teto dos benefícios foi de R$ 5.839,45. Se o ajuste for o INPC de 4,48%passará para R$ 6.101,06.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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