Depois de alguns meses, a gasolina voltou a liderar o ranking de pressões de alta sobre a inflação para o consumidor de Porto Alegre. A influência apareceu no Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) de novembro, calculado pela Fundação Getúlio Vargas. O IPC-S passou para 0,37%. Em outubro, a inflação tinha ficado em apenas 0,02% na Capital.
Ao longo do mês passado, o aumento no preço do etanol pressionou a gasolina nos postos, já que ele é adicionado ao combustível nas distribuidoras. Além disso, a Petrobras reajustou os preços nas refinarias em duas ocasiões. Na média da pesquisa da FGV, o aumento foi de 2,7%. Parece baixo, mas o item tem peso grande no orçamento das famílias e isso se reflete no cálculo da inflação.
Fora a gasolina, também houve pressão do reajuste dos jogos lotéricos, com aumento médio de 26%. O Ministério da Economia autorizou a Caixa Econômica Federal a reajustar o preço em portaria publicada no Diário Oficial da União em 31 de outubro. A Mega Sena, que tinha aposta mínima a R$ 3,50, passou para R$ 4,50, aumento de 28,5%.
Seguindo o ranking de pressões para o avanço da inflação, aparecem as passagens aéreas (+19%), a carne moída (+3,67%) e a bergamota (+9,77%). Lembrando que são as variações de preços dos últimos 30 dias. Quando há pressões sazonais, como da bergamota, elas se diluem no acumulado do ano.
Com este resultado, o indicador acumula alta de 3,02% no ano e 3,27% nos últimos 12 meses. Apesar do avanço de novembro, ainda é uma inflação baixa no prazo mais longo, que o parâmetro observado pelas autoridades para monitoramento.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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