Férias das crianças, temporada de Oscar, verão... Esses são apenas alguns dos motivos para o pessoal ir ao cinema nesta época do ano. Acontece que, dependendo de quantas pessoas vão, a ida ao cinema pode ficar muito cara. Uma das maneiras que o consumidor usa para economizar é levando comida de casa ou comprando lanche no mercado. Mas os leitores andaram perguntando para a coluna se isso é, realmente, permitido.
Por muito tempo, os cinemas alertavam que o cliente não podia entrar na sala do filme com comida trazida de fora. Agora, porém, já existe decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) dizendo que pode, e que o cinema que exige que se compre o lanche na bomboniére estaria praticando venda casada, o que fere o código de Defesa do Consumidor.
Mas a polêmica não terminou por aí. O assunto agora está em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF), já com parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) contrário à proibição. As empresas de cinema dizem que elas podem fazer essa exigência, assim como os restaurantes não deixam levar comida de fora. O argumento oposto, das entidades de defesa do consumidor, é o mesmo entendimento do STJ, de que seria venda casada, limitando o cliente. Mas, na prática, o que está valendo agora?
A coluna consultou o Procon de Porto Alegre, e, segundo o órgão, o consumidor pode levar comida de casa, do supermercado ou de outro estabelecimento qualquer para dentro da sala do filme. Caso a empresa de cinema reclame e não deixe entrar, o consumidor pode registrar uma queixa.
A orientação pode variar de acordo com cada Procon. Para o consumidor que não for de Porto Alegre, o ideal é consultar o órgão de sua cidade, ou até mesmo a própria empresa. Caso não tenha Procon no município, vale o que determina o Procon estadual.
Aliás, este foi o assunto no Seu Dinheiro Vale Mais, programa semanal com dicas de finanças pessoais no Instagram de GaúchaZH. A polêmica é grande por lá também e se expandiu para quem não gosta que nem que as pessoas comam no cinema, independente de onde foi comprado o alimento. E foi mais além, com os leitores criticando a proibição semelhante praticada em estádios de futebol. Confira e opine também:
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Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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