Enquanto o setor registra recuperações judiciais, falências e fica entre os piores resultados na extinção de empregos, o Rio Grande do Sul tem uma calçadista que trabalha com o plano de dobrar o faturamento até 2023. É a Usaflex, que tem sede em Igrejinha e vem expandindo a atuação de forma acelerada no varejo e na indústria.
Desde a entrada do grupo de investidores Axxon Group e do CEO, Sergio Bocayuva, na operação, em dezembro de 2016, a empresa aumentou em 42% a receita. A Usaflex fez os números saltarem de R$ 288 milhões em 2016 para R$ 409 milhões projetados para 2019.
O executivo que comanda a empresa aposta agora na consolidação dos novos canais de franquias, exportação e vendas pela internet. As fábricas também receberão mais investimentos na automação industrial e desenvolvimento de pessoas que atuam em cargos de gestão.
A Usaflex é conhecida pelo calçado confortável e investe em tecnologia para sustentar o produto. No entanto, reduziu custos, o que permitiu o desenvolvimento da coleção Low-Price (preço baixo, na tradução) e certa manutenção de valores no ponto de venda a longo prazo.
Bocayuva também aposta no aumento da presença internacional da empresa:
— Além do incremento de importância do canal com crescimento superior a 200% no período de 3 anos, percebemos o incremento da participação relativa de 2% para 8% sobre os canais de vendas da empresa, gerando a oportunidade da abertura de cem lojas licenciadas em território internacional, principalmente nos mercados da América do Sul, Europa e Estados Unidos.
A expectativa da rede é fechar 2019 com um total de 234 lojas em funcionamento. A Usaflex tem produtos à venda em 7,4 mil pontos em redes multimarcas. No mercado internacional, a marca já está presente em 51 países, sendo que quatro deles já contam com 17 lojas licenciadas da grife.
Fundada em 1998 e além da sede em Igrejinha, a Usaflex tem filiais nas cidades de Parobé, Campo Bom e Dois Irmãos. Trabalhando mais com couro, a marca tem bolsas, além dos calçados femininos e masculinos. Tem produção diária de até 25 mil pares.
Para manter a marca associada a conforto, a empresa segue investindo em tecnologia. Sergio Bocayuva, inclusive, critica quem apostou em produto sintético de baixo preço. Leia mais: "Clientes da concorrência estão caindo no meu colo", diz calçadista que dobrou exportação
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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