Ainda em reestruturação, a cooperativa Piá, de Nova Petrópolis, quer elevar dos atuais 82 mil para 200 mil litros de leite a serem captados por dia para produção de derivados na sua fábrica. A meta é atingir a marca até o final de 2025. Com isso, se aproximaria dos 240 mil litros consumidos como matéria-prima antes da crise financeira da empresa, que tem colocado foco em natas, queijos e iogurtes, com maior margem de lucro. Para isso, é preciso reconquistar os fornecedores que perdeu por falta de pagamento.
— Quando assumimos, havia ocorrido uma debandada de produtores de leite para outras empresas. O mercado é disputado. Para atraí-los de volta, vamos falar a verdade, mostrar como a cooperativa está e o motivo de estar nesta situação. A cooperativa é dos associados. Se tiverem condições de retomar, será ótimo. Se não, quem o fará? — diz o presidente Jorge Dinnebier.
A Piá ainda tem dívidas com produtores. Atualmente, compra de 160 fornecedores de 35 municípios, para os quais paga a venda atual e a atrasada. O dinheiro vem do fluxo de caixa e da venda de imóveis onde ficavam os supermercados da marca. Antes da crise, a cooperativa comprava de mais de 800 produtores. A Emater/RS ajuda na reaproximação.
— Já fizemos mais de 15 reuniões pelo Interior, com 300 associados. Estamos pedindo para voltarem — diz.
A fábrica de Nova Petrópolis, construída em 2017, tem capacidade para beneficiar 1 milhão de litros diariamente.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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