O número de demissões na Ulbra passará de 600, acima do estimado inicialmente pelos sindicatos. Segundo informado nesta quinta-feira (17) para o Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro-RS), são 285 professores. A estimativa inicial do diretor Marcos Fuhr era de 200 profissionais dispensados.
Também foi informado na reunião que o número de funcionários administrativos demitidos será de 225 na área de abrangência do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Privado dos Vales do Rio Grande do Sul. Ainda falta a universidade informar o número nos outros campi, onde atua o Sindicato dos Trabalhadores em Administração Escolar do Rio Grande do Sul. Mas o diretor do Sintae-RS, Luiz Gambim, já calcula cerca de 120, conforme os comunicados que recebeu.
Ao longo desta quarta-feira, ocorrem reuniões da Ulbra com os sindicatos de trabalhadores. Buscam a construção de uma proposta para apresentar aos trabalhadores para o pagamento das verbas rescisórias. Como o valor é alto, deve ser parcelado.
A universidade não confirma o número de demitidos, mas enviou posicionamentos para GaúchaZH na semana passada. Relembre:
"A AELBRA (Associação Educacional Luterana do Brasil), mantenedora da Ulbra, comunica que realizou nesta quinta-feira (3) e sexta-feira (4) um ajuste em seu quadro administrativo. A medida tem o objetivo de adequar a Instituição ao momento pelo qual passa o Ensino Superior no país. Destacamos que a rotina acadêmica da Instituição segue normalmente."
"A AELBRA (Associação Educacional Luterana do Brasil), mantenedora da Ulbra, comunica que realizou nesta quinta-feira (10) um ajuste em seu quadro de professores. A medida tem o objetivo de reduzir os impactos causados pela crise que atinge o setor de Ensino Superior nos últimos anos.
A Instituição afirma que a rotina acadêmica segue normalmente e reforça o compromisso com a qualidade de ensino aos seus mais de 35 mil alunos no Rio Grande do Sul."
A situação da Ulbra é pior, mas outras universidade e escolas estão demitindo também. A PUCRS dispensou 40 funcionários na semana passada, segundo o sindicato da categoria. Há ainda demissões e atraso no pagamento de salário do Centro Universitário Metodista IPA e do Colégio Americano. Leia mais: Ensino superior começa ano com demissões