A economia do Rio Grande do Sul teve em agosto o melhor desempenho da pesquisa do Banco Central, que considera 12 Estados. O crescimento gaúcho foi o maior tanto na comparação com julho quanto em relação a agosto de 2017.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central é considerado uma prévia do PIB. O cálculo usa o desempenho dos principais setores, com dados do IBGE.
Na comparação com julho, a economia gaúcha avançou 0,8%, acima da média nacional de +0,5%. Já em relação a agosto do ano passado, o crescimento da atividade no Rio Grande do Sul foi de 5%, o dobro da média nacional.
Os dados foram compilados e enviados para a coluna Acerto de Contas pelo economista-chefe da CDL Porto Alegre. Oscar Frank pondera, no entanto, que nas comparações mais longas, os dados mostram lentidão na retomada do pós-crise.
Frank refere-se, por exemplo, ao acumulado de 2018, quando o desempenho da economia gaúcha é zero. Ou seja, sem queda nem avanço. É o terceiro pior desempenho na pesquisa do Banco Central. Já o país tem crescimento de 1,3%.
Em 12 meses, a economia gaúcha cresceu 0,6%, menos da metade da média nacional, que avançou 1,5%. Neste caso, ficou com o segundo pior lugar no ranking nacional, empatado com Goiás.
- O bom resultado do IBC de agosto do Rio Grande do Sul foi determinado pela produção industrial e pelas vendas do comércio. No entanto, a queda da produtividade da safra agrícola e o desempenho negativo dos serviços têm pesado negativamente sobre a atividade econômica do estado ao longo de 2018 - detalha o economista.
O varejo do Rio Grande do Sul foi bastante beneficiado pelo frio em agosto. As baixas temperaturas elevaram, principalmente, a venda de confecções. A indústria do Rio Grande do Sul também teve nova alta no mês e atingiu o maior patamar desde 2014.