A atividade econômica brasileira avançou em agosto e a alta foi mais do que o dobro do projetado pelo mercado. Chamado também de prévia do PIB, o Índice de Atividade Econômica teve crescimento de 0,47% em agosto sobre julho, feito o ajuste sazonal.
O IBC-Br é calculado pelo Banco Central. São usadas informações do IBGE. A indústria cortou produção em 0,3%, mas varejo e serviços surpreenderam. As vendas do comércio aumentaram 1,3%, estimuladas pelo frio, pagamento de PIS/Pasep e até mesmo pela pequena queda na taxa de desemprego. Até o setor de serviços, que patina para engatar uma retomada, teve crescimento de 1,2% em agosto. No caso da indústria, houve queda no segmento extrativo.
É importante observar o patamar alcançado, que foi de 139,68 pontos. É o maior desde junho de 2015, quando atingiu 139,95. Mas em 2013, antes da crise econômica, o indicador passava 148 pontos.
- Após uma das maiores recessões em mais de 100 anos, a recuperação no período pós-crise segue muito lenta. De uma maneira geral, a atividade econômica respondeu ao mercado de trabalho deteriorado, à baixíssima margem de investimentos por parte dos governos federal e estadual, à redução da confiança dos agentes nos últimos meses, à recuperação do crédito ainda incipiente e à piora do cenário internacional - pondera o economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank, que sugere cautela na análise dos dados mensais, preferindo observar a tendência.
Em maio, o IBC-Br teve um tombo com a greve dos caminhoneiros. Passou para 133,52 pontos e vem se recuperando desde então.
Em relação a agosto de 2017, a atividade econômica cresceu 2,5%. No acumulado de 12 meses, o IBC-Br aponta avanço de 1,5%.
Na última pesquisa Focus, o mercado projetou crescimento de 1,34% do Produto Interno Bruto em 2018. O IBGE divulga o PIB trimestralmente.