O mercado projetava crescimento, mas a indústria decepcionou em agosto. A produção caiu 0,3% na comparação com julho. O levantamento é do IBGE e traz o ajuste sazonal.
Além de cair, foi a segunda queda consecutiva, o que não ocorria desde o final de 2015. Surpreendeu porque, quando cai, em geral há um ajuste positivo no mês seguinte. Nos dois meses, acumulou redução de 0,4%.
- Em 2015, foram quatro meses de queda, com um recuo de 6,4%. É claro que o total perdido foi superior ao desses dois meses de agora, que foi muito próximo da estabilidade - diz o gerente da pesquisa, André Macedo.
O desempenho ruim da indústria extrativa era esperado, tanto que o pior resultado foi no segmento de derivados de petróleo e biocombustíveis (5,7%). No entanto, acreditava-se que a indústria da transformação pudesse suportar o resultado.
Com a queda, a produção da indústria volta ao patamar de abril de 2018, um mês antes da greve dos caminhoneiros no país. Em tempo, as principais influências positivas foram dos segmentos de veículos automotores (2,4%) e farmacêutico (8,3%).
Nas outras comparações, no entanto, os desempenhos seguem positivos. Com agosto de 2017, o avanço é de 2%. No acumulado de 12 meses, o avanço é de 3,1%.
Os dados regionais serão divulgados pelo IBGE nos próximos dias. Em julho, enquanto a indústria nacional cortou a produção em 0,1%, o setor avançou 4,6% no Rio Grande do Sul.