O Comitê de Política Monetária reduziu a Selic para 6,5% ao ano. Como o esperado, fez um corte de 0,25 ponto percentual.
Mas o que grande destaque veio no comunicado divulgado pelo Banco Central logo após a reunião, quando informou a decisão. Ficou escancarada a probabilidade de novo corte na reunião de maio. Deve ir a 6,25%.
"Para a próxima reunião, o Comitê vê, neste momento, como apropriada uma flexibilização monetária moderada adicional. O Comitê julga que este estímulo adicional mitiga o risco de postergação da convergência da inflação rumo às metas. Essa visão para a próxima reunião pode se alterar e levar à interrupção do processo de flexibilização monetária, no caso dessa mitigação se mostrar desnecessária."
Ainda no texto, o Banco Central sinaliza que para de cortar o juro provavelmente só nas reuniões seguintes. Se as coisas seguirem como estão, é claro. Até porque houve mudanças significativas desde a última reunião, em fevereiro, quando era praticamento certo que a chamada "flexibilização monetária", iniciada em outubro de 2016, tinha terminado.
"Para reuniões além da próxima, salvo mudanças adicionais relevantes no cenário básico e no balanço de riscos para a inflação, o Comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária, visando avaliar os próximos passos, tendo em vista o horizonte relevante naquele momento."
A gestora de fundos Quantitas enviou para a coluna o comparativo que faz entre o comunicado da reunião do Copom com o documento do encontro anterior. Confira: