Apesar dos dados positivos em 2017, o emprego no varejo do Rio Grande do Sul levará ainda dez anos para voltar ao patamar de 2011. A projeção é de Vilson Noer, que deixou recentemente a presidência da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo, entidade que criou.
Noer cruzou informações de lojas fechadas com o resultado dos empregos com carteira assinada. Considerou também a projeção de crescimento anual de 3% do PIB, que é mais ou menos a previsão para 2018 e que seria o desempenho ideal da economia para os próximos anos.
O empresário calcula que o Rio Grande do Sul perdeu 17,3 mil lojas entre 2013 e 2017, período em que se concentrou a crise econômica. Além disso, o varejo gaúcho cortou mais de 80 mil empregos no período. Atualmente, o setor emprega cerca de 290 mil pessoas.
E para 2018?
Fora da direção de entidades depois de muitos anos na atividade, o empresário está fazendo cálculos e projeções. É algo que gosta e que é reconhecido, sendo que brincam que é o Instituto Vilson Noer.
Prevê para 2018 um saldo positivo de 1,4 mil lojas novas no Rio Grande do Sul. Quanto a emprego, acredita na abertura de 7 mil vagas, acompanhando um aumento de 4,5% a 5% no faturamento real de vendas.
— Mas ainda levará tempo para voltarmos a 2011. Falta capacitação e mais produtividade. Com a tecnologia, cria-se menos empregos ainda — analisa o empresário.
No lugar de Vilson Noer, o empresário de Lajeado Ricardo Diedrich assumiu a presidência da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo. A posse oficial será nesta quarta-feira (07).