Não existe mundo online e mundo off-line. Hoje, é tudo junto. Isso foi claro e exaustivamente repetido durante a NRF 2018, aqui em Nova York.
E lembrar da época em que as grandes redes de varejo lançaram sites e não queriam trocar os produtos nas lojas físicas. Invariavelmente, argumentavam que eram dois “CNPJs diferentes”. Mas para o consumidor, que é o CEO da história afinal, é sempre foi tudo a mesma coisa. A marca é a mesma.
Uma tendência bacana que tem aparecido muito aqui em Nova York são as lojas que colocam dispositivos à disposição do consumidor para facilitar a compra ou, como diz o especialista em varejo José Roberto Resende, eliminar o atrito.
- É preciso levar o site para dentro da loja – diz Resende.
A Lowe´s, que vende desde produto de limpeza até geladeiras, tem telas grandes espalhadas por toda a loja. São touch, ou seja, o consumidor navega com o toque da mão. O sistema detalha produtos, oferece serviços e permite a compra online.
Loja de roupas e calçados femininos, a RebecaMinkoff transformou os espelhos dos provadores em grandes tablets. O dispositivo identifica quais são os produtos que a consumidora levou para provar e oferece serviços, como mudar o tamanho e a cor, além e encaminhar a finalização da compra.
Mas não se pode fazer como algumas lojas no Brasil, que colocaram os equipamentos, mas não deixam os consumidores tocá-los. O cliente tem que escolher no ritmo que o vendedor opera o dispositivo. É de virar as costas e ir embora.
* Giane Guerra está cobrindo a edição 107 da NRF 2018, em Nova York. Cobertura com o apoio de Sindilojas Porto Alegre e CDL Porto Alegre.