Calvin Klein era muito minimalista. Oscar de la Renta era sofisticado demais. Foi assim que Tommy Hilfiger criou a marca norte-americana de roupas que leva o seu nome.
- Queria dar uma chacoalhada nisso tudo. Dar um ar popular da cultura americana, que desse fama e entretenimento. Tudo junto – detalha o designer, que palestrou no encerramento da NRF 2018, feira mundial de varejo aqui em Nova York.
Falou bastante sobre marca, defendendo que é preciso evoluir sem perder a essência. Disse que é como um ser vivo, como uma criança, que precisa ser sempre nutrido.
- Meu medo sempre foi a gente perder o frescor. Sempre evoluir analisando o próximo passo, com um olho no futuro e equilibrando inovação e disrupção – complementa Tommy.
A tag usada durante a palestra era #tommydisruption. Quem usava ou marcava a empresa, ganhava um “like” do perfil oficial. Plateia printava orgulhosa.
Fora o trabalho com a marca, Tommy Hilfiger contou que aprendeu a acompanhar estoques. Também reforçou a importância de combinar a pessoa criativa com a pessoa de negócios.
Futuro do varejo
O empresário defendeu o comércio por dispositivos móveis como o futuro do varejo. O “see now buy now” ou “veja agora compra agora”.
- Se você está esperando por consumidores que venham até suas lojas, poderá ficar esperando por um longo tempo – acrescentou Tommy.
Tommy Hilfiger também usou inteligênciaartificial da IBM para criar novos modelos e se conectar com clientes. A marca foi a primeira a usar chatbots no Facebook, ferramenta que aprende a preferência do consumidor e oferece atendimento personalizado.
* Giane Guerra está cobrindo a edição 107 da NRF 2018, em Nova York. Cobertura com o apoio de Sindilojas Porto Alegre e CDL Porto Alegre.