Quando convidou as Forças Armadas para sua recém criada "Comissão de Transparência das Eleições", em setembro de 2021, o então presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, fez um cálculo político esperto – o de trazer para seu lado a instituição de maior credibilidade entre os brasileiros. Mas faltou algo elementar no raciocínio de Barroso, sempre tão dado ao exercício de afetação de virtudes. Faltou-lhe compreender por que a maioria do povo brasileiro confia em seus militares mais do que em políticos, juízes ou jornalistas, como atestam reiteradamente, há muito tempo, pesquisas de reputação. Certamente o respeito granjeado por profissionais da Marinha, da Aeronáutica e do Exército vêm do trabalho técnico, compenetrado e sóbrio que fazem. Nada mais tolo do que esperar das forças que se disponham a fazer figuração e dar-se por satisfeitas com exposição a holofotes.
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A urna sob escrutínio da defesa cibernética
Um dos riscos ao sistema eleitoral apontados pelas Forças Armadas é a instalação de códigos maliciosos
Eugênio Esber