A eleição para presidente do Grêmio tem, por enquanto, quatro candidatos confirmados: Alberto Guerra, Carlos Galia, Guto Peixoto e Odorico Roman. Aos poucos, a coluna apresenta algumas ideias e planos que estão sendo preparados pelos grupos de trabalho das candidaturas. Nesta terça-feira (20), é a vez de tratar de um tema importante do projeto de Odorico Roman.
Uma questão fundamental no planejamento é a base tricolor. Este é considerado um departamento estratégico para o clube, com o objetivo de criar uma espiral virtuosa.
O resumo do projeto
Uma base formadora e fortalecida somente terá condições de gerar atletas de qualidade e que oferecem retorno desportivo e financeiro ao Grêmio se estiver assentada sobre pilares sólidos, compreendendo:
- estrutura apropriada (física e humana, com profissionais capacitados)
- captação qualificada (monitoramento, avaliação e contratação)
- formação adequada (técnica, tática, psicológica, valores éticos, valências, modelo de jogo, história do clube e educação)
Odorico Roman, candidato à presidência do Grêmio, explica como pretende trabalhar com a base se for eleito:
- A atenção dada a este departamento define o grau de preocupação do clube com o seu futuro. O futebol profissional atingiu um nível de investimentos que torna extremamente dispendioso formar um grupo de atletas buscados exclusivamente no mercado. A complementação do grupo com valores de qualidade oriundos das categorias de base toma dimensão estratégica. E não só pelo menor custo envolvido, mas também pela possibilidade de integrar ao grupo principal atletas que possuem internalizada a cultura e os valores do clube. Isso ajuda a tornar contínua a identificação da torcida com o time, realimentando a desejável sinergia campo-arquibancada. Sob outra abordagem, investir nas categorias de base adquire relevância institucional. Porém, só pratica de forma consistente essa política o dirigente que possui preocupação com o longo prazo e visão sistêmica. Aquele que se prende à busca de resultados imediatos, com intuitos puramente de caráter político ou de extensão do seu mandato, sucumbirá à tentação de desviar investimentos da formação para contratar intensivamente atletas prontos, cujos resultados, via de regra, deixam a desejar. Contudo, investir nas categorias de base pressupõe uma política planificada para que se obtenham retornos adequados. Em primeiro lugar, a estrutura de captação deve ser capaz de cobrir os principais núcleos formadores de jovens atletas. Feita a captação, é necessário dispor de infraestrutura com condições de oferecer hospedagem apropriada. Adicionalmente, o setor deve possibilitar o desenvolvimento físico, técnico, tático, psicológico e cultural do atleta em formação. Com o uso de equipamentos e tecnologias de ponta, será potencializado o desenvolvimento das valências, de acordo com o modelo de jogo desejado. Por fim, a integração do atleta ao grupo principal deve se dar em clima que ofereça condições de adaptação e amadurecimento do jovem formado no clube. Cuidar com zelo de todas essas etapas é assegurar a criação da espiral virtuosa, que dará sustentação de longo prazo às demandas de qualidade e recursos financeiros que o supercompetitivo mundo do futebol profissional exige - falou Odorico Roman.
A eleição para presidente do Grêmio está marcada para 26 de outubro, com votação dentro do Conselho Deliberativo. Os candidatos que atingirem 20% dos votos avançam para o segundo turno, em novembro, com o voto dos associados. A eleição para renovar 150 cadeiras do Conselho Deliberativo está marcada para este sábado (24).