A possibilidade do adiamento dos jogos do Grêmio contra Cuiabá, Santos e Fortaleza, por causa da convocação de Villasanti para a seleção do Paraguai e da provável convocação de Borja para a seleção da Colômbia, está movimentando os bastidores da CBF.
Inicialmente, a determinação da CBF é para adiar apenas jogos de clubes com jogadores convocados para a Seleção Brasileira. A mesma regra não se aplica para jogos de clubes com atletas chamados para outras seleções da América do Sul. Isto está muito claro em conversas com dirigentes da entidade.
No entanto, no Grêmio existe convicção de que as três partidas serão adiadas. É com esta informação que o clube gaúcho trabalha. Neste mês, o presidente Romildo Bolzan e o vice de futebol Marcos Herrmann tiveram uma reunião presencial com Ednaldo Rodrigues, presidente interino da CBF, antes do jogo contra o Flamengo pela Copa do Brasil. O encontro foi considerado produtivo.
Busquei informações durante toda segunda-feira (27) com dirigentes da CBF. E o que recebi é que esta situação ainda não está definida. Manoel Flores, diretor de competições da entidade, passou o dia em Manaus, tratando dos detalhes do jogo da Seleção Brasileira contra o Uruguai, no dia 14 de outubro, na Arena da Amazônia. Nesta terça-feira (28) ele estará de volta ao Rio de Janeiro e deverá tratar da questão.
Os relatos de bastidores dão conta de que os assuntos na CBF estão bem desorganizados com a confusão que vive a entidade, com o afastamento de Rogério Caboclo, e com Ednaldo Rodrigues como presidente interino. A sensação é de que nos momentos de decisões importantes é difícil saber quem manda na organização do futebol brasileiro.
De qualquer maneira, por tudo que recebi de informação, o adiamento das partidas do Grêmio não será uma tarefa fácil. Pedi uma posição oficial da CBF sobre a questão, mas até agora a resposta não chegou.
Este assunto é extremamente importante. Com 12 jogadores pendurados com dois cartões amarelos, será um problema para o Grêmio ter que jogar sem Villasanti e Borja em três confrontos decisivos do Campeonato Brasileiro. Por isso, é fundamental uma posição oficial da CBF, o que até agora não aconteceu.