Desde que voltou ao Brasil, em agosto de 2020, após o período preso no Paraguai, ao lado do irmão Assis, Ronaldinho já retomou a sua vida, participando de eventos e recebendo diversos convites para rodar o mundo.
Mas, por incrível que pareça, a poderosa empresária Dalia López, apontada como responsável pelos passaportes falsos dos irmãos Assis Moreira, e que convidou os dois para uma série de eventos em Assunção, continua foragida.
Isso mesmo. No dia 6 de março de 2020, quando Ronaldinho foi preso em Assunção, Dalia desapareceu. E desde aquele dia não se sabe onde ela está. No dia 7 de março, o Ministério Público pediu a prisão preventiva dela, que é suspeita de comandar um esquema de lavagem de dinheiro no Paraguai. Dalia, 49 anos, trabalhava com o setor agropecuário e de importação de automóveis. O Ministério de Tributação a investiga por evasão de divisas e lavagem de dinheiro e estima um desvio de US$ 10 milhões.
Nesta data, eu estava no Paraguai cobrindo o caso Ronaldinho. No dia 9 de março, participei de uma entrevista coletiva com os advogados de Dalia. Na ocasião, eles garantiram que ela se apresentaria para fazer revelações importantes. Só que isto nunca aconteceu. A empresária simplesmente sumiu.
O caso está completando 18 meses. E até agora não se tem uma pista sequer sobre o paradeiro da empresária. Em um país com uma área de 402.752 km², ninguém sabe onde ela está. Se é que Dalia está no Paraguai. Uma outra figura conhecida do processo, o lobista Wilmondes Sousa Lira fugiu da prisão domiciliar em dezembro de 2020. E também nunca mais foi localizado. Diante desta situação, é difícil acreditar que este caso tenha alguma solução.