A empresária Dalia López deverá se entregar nesta segunda-feira (9) ao Ministério Público do Paraguai. No sábado (7), ela teve prisão preventiva decretada. Dalia é a responsável pela presença de Ronaldinho e Assis no Paraguai. O convite foi feito para a dupla participar de um evento da Fundação Fraternidade Angelical.
Dalia é acusada do crime de sonegação de impostos. A suspeita é que a presença de Ronaldinho no Paraguai serviria para lavagem de dinheiro.
Antes de se entregar, deverá conceder uma entrevista coletiva no escritório dos seus advogados. A expectativa é que ela defenda Ronaldinho e Assis, e faça revelações importantes sobre o caso dos passaportes falsificados.
Na quarta-feira passada, Ronaldinho e Assis chegaram à capital Assunção e, no aeroporto, foi recepcionado por Dalia. Na agenda do ex-jogador pelo país, havia diversos compromissos. Na quarta, ele participou de evento beneficente com crianças paraguaias, promovido pela Fundação Fraternidade Angelical, de Dalia. Também estava previsto o lançamento da biografia do ex-jogador, além de aparições em eventos e publicidades relacionadas à inauguração do cassino Il Palazzo.
Na sexta-feira, Ronaldinho e seu irmão Roberto de Assis Moreira foram presos após ordem da Procuradoria Geral do Paraguai. A Justiça paraguaia não aceitou a posição do Ministério Público de não levar adiante uma investigação sobre a dupla, que entrou no país com documentos de identificação falsos para uma série de eventos. No dia seguinte, a juíza paraguaia Clara Ruíz Díaz decretou a prisão preventiva. Desde então eles seguem enclausurados na Agrupácion Especializada da Polícia Nacional enquanto prosseguem as investigações.
A prisão é por tempo indeterminado, o que pode significar até seis meses enquanto se investiga o que a magistrada classificou como "grave delito que atenta contra os interesses da República". Até então, Ronaldinho e Assis estavam em "detenção preventiva", recurso jurídico que tinha prazo de 48 horas até uma decisão definitiva da Justiça.
Segundo veículos do Paraguai, os problemas do ex-jogador com a Justiça paraguaia podem ir além da falsificação de documentos, com suspeita de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro. Um indicativo disso é que o caso passou a ser investigado pela Unidade Especializada de Crimes Econômicos do Ministério Público.
No domingo, o advogado gaúcho Sérgio Queiroz, que comanda a defesa de Ronaldinho e Assis, que seguem presos na Agrupación da Polícia Nacional do Paraguai, declarou que a prisão é ilegal e arbitrária.