Wilmondes Sousa Lira, empresário que está preso no Paraguai sob acusação de ter entregue os passaportes falsos a Ronaldinho e seu irmão Roberto de Assis, depôs à Justiça nesta sexta-feira (6). Segundo Enrique Kronawetter, seu advogado, a responsável pelos documentos adulterados é a empresária paraguaia Dalia López, que levou o ex-jogador ao país para uma série de eventos.
Ainda segundo o advogado, o empresário disse à polícia que, um dia antes, estavam todos visitando o aeroporto para acertar os últimos detalhes da segurança de Ronaldinho na sala VIP, quando o marido de Dalia, Luis Gauto, teria dito a ele:
— Não se preocupe (com a entrada no país), nós que mandamos.
Lira está detido pela polícia com María Isabel Galloso e Esperanza Apolônia Caballero, donas dos documentos que foram adulterados para Ronaldinho e Assis e que também são acusadas pelo Ministério Público do país de fazerem parte da operação.
Ronaldinho e seu irmão foram liberados pela Justiça após admitirem o delito. O Ministério Público considerou que amos foram "enganados em sua boa-fé". Eles se enquadraram num item do código penal paraguaio que libera o suspeito, sem acusação formal, quando este admite um delito e não tem antecedentes criminais no país. O advogado de Dalia, Hugo Volpe, disse à rádio paraguaia 1080 AM que deixou a defesa de sua cliente.