No dia 13 de novembro entrevistei na Rádio Gaúcha o ex-dirigente do Grêmio Rui Costa, hoje diretor executivo da Chapecoense. O objetivo era saber sobre os bastidores de La Fortaleza, já que a Chape jogou lá nesta Libertadores, naquela polêmica partida do dia 17 de maio, quando os catarinenses venceram por 2x1, mas o placar foi revertido para 3x0 a favor do Lanús porque a Conmebol considerou irregular a escalação do zagueiro Luis Otávio. Os relatos de Rui Costa foram impressionantes, trazendo detalhes de confusão nos corredores, intimidação, acesso dos dirigentes do Lanús em áreas restritas da arbitragem e práticas antigas da Libertadores. Estes foram os principais trechos:
Direção Influente
“O que preocupa é que o que vivemos lá foi algo muito forte. Os dirigentes do Lanús tem um trânsito muito grande na Conmebol. O estádio intimida”.
Pressão e invasão
Nós corajosamente enfrentamos as pessoas lá, porque fomos vítimas de uma violência absurda. Tentaram tirar um jogador nosso no corredor. Os dirigentes do Lanús chegaram a entrar em uma zona restrita do estádio. Ninguém me contou, eu vi. Entraram, conversaram com a arbitragem e a partir da intimidação aconteceu tudo o que vocês sabem. O delegado entrou no nosso vestiário para tirar um jogador, teve bate-boca, dedo em riste”.
Práticas antigas de Libertadores
“Nós participamos de muitas Libertadores, isso poderia ser comum lá atrás, poderia ser uma prática comum de Libertadores de antigamente. Nós queremos que isso nunca mais aconteça. Eu vi isso. Temos que pensar de forma muito clara que o último jogo da competição vai ser lá. Nós sentimos na pele, ganhamos um jogo heroico, e a interferência antes e depois da partida foi muito forte. Ali era uma classificação que estava em jogo, agora será o título”.