–Sessenta e quatro mil, novecentos e vinte e oito!
Foram essas, conta a lenda, as últimas palavras balbuciadas pelo espantoso Neal Cassady. Quem escutou o enigmático sussurro numérico foi um grupo de índios Tahaumara que passava ao lado da linha férrea, no ardente deserto do norte do México. Era 4 de fevereiro de 1968 e os nativos, é claro, não alcançaram o significado dos algarismos que, junto com o último suspiro, derramaram-se da boca seca do gringo coberto de poeira.
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