Ao escrever sobre o polêmico gol de Patrick, que deu a vitória do Inter sobre o Caxias, neste domingo (17), pelo Gauchão, ressaltei a determinação da Fifa que faz com a jogada seja considerada irregular. O objetivo ao tratar do assunto era um só: colocar em debate uma particularidade que não está no texto da regra, mas que precisa ser cumprida pelos árbitros.
Não inventei a irregularidade no gol de Patrick e até considero bastante discutível a orientação da entidade máxima do futebol. Estabelecer uma diferenciação para jogadas de ataque e de defesa em relação aos lances de mão na bola e bola na mão é algo que torna ainda mais confusa a interpretação da regra.
Espero que a Fifa coloque isso no texto em breve para acabar com eventuais dúvidas. De qualquer modo, se há uma determinação, o assunto já começa encerrado. Sempre que a bola tocar na mão ou no braço de um jogador em situação de ataque, o lance é considerado irregular. Essa deve ser a linha de raciocínio.
Entretanto, estou escrevendo para ressaltar outro ponto. Não há como cobrar a arbitragem pela validação deste gol. Por mais que na frieza da orientação exista a irregularidade, seria difícil de percebê-la até mesmo com o uso do VAR. Nem se tivesse olho biônico o árbitro Douglas Silva – ou qualquer integrante da equipe de arbitragem – teria visto a irregularidade no gol de Patrick na velocidade do jogo.
Não estamos falando de um lance em que o jogador está sozinho e o toque com o braço na bola poderia ter sido facilmente percebido. É uma jogada embolada na grande área.
Portanto, o que mais importa no que aconteceu no Beira-Rio é o debate em torno da determinação da Fifa. Até porque novas jogadas semelhantes ainda ocorrerão. E a interpretação será a mesma.