O gol da vitória por 2 a 1 do Inter contra o Caxias tem um detalhe polêmico. A falta cobrada por Rafael Sobis desvia no cotovelo esquerdo de Patrick antes de entrar no gol. Independentemente da posição ou do movimento do braço do jogador colorado, o lance é considerado irregular em função de uma determinação da Fifa. De acordo com a entidade máxima do futebol, os árbitros não devem validar um gol que seja originado, em qualquer circunstância, por um toque com a mão ou com o braço na bola.
O centro da discussão está no fato de que a orientação da Fifa acaba diferenciando situações de ataque e de defesa, algo que não está no texto da regra. Ou seja, se Patrick fosse um zagueiro do Caxias, a bola tivesse desviado no cotovelo dele e saído para escanteio, o lance seria normal. Não seria pênalti, de acordo com a regra, pois a posição e o movimento do braço são naturais. A irregularidade se estabelece basicamente pelo fato de ser um lance de ataque.
Importante ressaltar que o grau de dificuldade do lance é elevado. É praticamente impossível exigir que a arbitragem consiga notar a irregularidade na velocidade do jogo. Até mesmo na imagem da televisão é complicado perceber exatamente o local em que a bola toca.
A partida ainda foi marcada pela expulsão de Edenilson. O volante do Inter cometeu duas faltas semelhantes e levou amarelos justos. No primeiro, atingiu o jogador do Caxias por trás depois de já ter sido driblado. No segundo, perdeu a bola e chutou a perna do adversário para impedir o contra-ataque. O árbitro Douglas Silva acertou nas advertências, que resultaram no cartão vermelho.