Poderia ser o uruguaio Andrés Cunha, o colombiano Wilmar Roldán ou até o paraguaio Enrique Cáceres. Todos eles seriam melhores opções para apitar um jogo tão importante quanto River Plate x Grêmio na próxima terça-feira (23), às 21h45, no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. No entanto, a Conmebol colocou o peruano Victor Hugo Carrillo para o confronto de ida da semifinal da Libertadores.
Considero a escala de arbitragem preocupante. O juiz escolhido não passa segurança, especialmente no aspecto disciplinar, para comandar uma partida deste tamanho. O problema não é necessariamente a falta de experiência. Carrillo tem 42 anos, está no quadro da Fifa desde 2005 e acumula mais de 120 jogos internacionais na carreira. São muitas horas apitadas nos gramados do futebol sul-americano. Ao mesmo tempo, falta a cereja do bolo.
A grande questão é que ele nunca apitou uma final de Libertadores. Mesmo com todo esse currículo, fez somente uma semifinal lá em 2014. Claramente é um árbitro considerado abaixo dos principais nomes do continente pela Conmebol. Do contrário, já teria sido colocado em algum duelo mais decisivo na principal competição da América do Sul.
Para completar, a característica de Victor Hugo Carrillo merece um alerta. Trata-se de um árbitro econômico nos cartões e que deixa o jogo muito solto. Os atletas precisam bater bastante para que o amarelo saia do bolso, o que pode contribuir para um enfrentamento mais violento e nervoso na Argentina. Isso acabou acontecendo em 2015 na vitória por 2 a 0 do Inter sobre o Santa Fé pela Libertadores. Na oportunidade, os jogadores do time colombiano abusaram das faltas e o juiz teve enormes dificuldades para exercer autoridade dentro de campo.
Resta a expectativa de que o juiz peruano coloque o jogo no bolso, mostre que a escolha da Conmebol estava certa e que toda essa preocupação não tinha sentido.