O Inter reclamou de um pênalti não marcado na derrota por 2 a 1 diante do América-MG, nesta quarta-feira (26), no Independência, pela 15ª rodada do Brasileirão. O lance foi no último minuto do jogo. O zagueiro Cuesta tentou cruzamento para o meio da grande área e a bola bateu no braço esquerdo do lateral Aderlan. O árbitro Flávio Rodrigues de Souza interpretou que não houve a infração. Concordo com a decisão tomada pelo juiz paulista.
Há dois critérios que precisam ser levados em conta na análise deste tipo de jogada, de acordo com a regra 12.
O primeiro deles é o movimento da mão na direção da bola, algo que não ocorreu. O jogador do América-MG está correndo na direção da linha de fundo com o braço em posição natural. Não há qualquer gesto na tentativa de interceptar ou ampliar o espaço de maneira irregular.
O segundo é a distância entre o jogador e a bola, que era muito curta. Não muito mais do que um metro. A bola foi chutada com força por Cuesta na direção do braço. Pela alta velocidade, não havia espaço para que o lateral Aderlan tivesse alguma reação diferente na jogada.
Além desses dois pontos, o jogador do América-MG não estava dando um carrinho ou saltando na direção do adversário para interceptar a jogada. Nem houve tempo para uma ação de bloqueio mais clara. Se ele tivesse feito isso com o braço aberto, a história seria outra.
Por esses aspectos, considero que a arbitragem interpretou corretamente o lance.