O empate em 2 a 2 do Inter contra o Atlético-PR teve um lance bastante polêmico. No primeiro gol da equipe gaúcha, a bola bate na mão de William Pottker no momento em que ele divide com o goleiro Santos. O toque caracteriza a irregularidade ou o lance foi normal? Esse lance é um bom exemplo para a discussão da regra de mão na bola e bola na mão e há alguns pontos importantes que precisam ser considerados para responder a pergunta.
O principal deles é que Pottker salta na direção do goleiro em ação de bloqueio. O atacante levanta o joelho e também projeta o braço esquerdo para a frente. Com isso, acaba ampliando o raio de ação do corpo e ganhando vantagem na jogada tocando a bola com a mão. Por isso, o considero o gol irregular.
Não vejo fator surpresa a partir do toque do goleiro do Atlético-PR, diferente de um lance que a bola desvia no adversário e muda de trajetória. Entendo que o atacante colorado assume o risco de cometer uma infração por saltar com o braço projetado na disputa de bola.
Vale salientar que o árbitro Ricardo Marques Ribeiro tinha a visão encoberta pelo corpo de Pottker e independente de qualquer interpretação possível não viu o toque. Quem tinha o melhor ângulo era assistente adicional Felipe Fernandes de Lima, que também não interferiu na decisão de validar o gol.