Se fosse possível abstrair o jogo, ponto ganho. A luta para não cair é dura. Somar pontos é importante. Dos últimos nove disputados, o Grêmio acrescentou cinco, contando o 2 a 2 com o poderoso Palmeiras.
O problema é que Grêmio vencia por 2 a 0. Tinha o jogo na mão contra um adversário desfalcado de cinco titulares e cansado pelo jogo na segunda-feira (1º), contra o Corinthians.
Foi aí que Renato mexeu, pensando em acionar o modo defesa, recuando o time para defender o resultado. Trocou Pavon por Galvão. Quase ao mesmo tempo, sai Cristaldo, entra o zagueiro Natã. A maionese desandou.
“Burro” histórico
O Grêmio perdeu a posse de bola, como acontece toda vez que Cristaldo sai. JP Galvão não retém nem pensamento. Foi matemático: em quatro minutos, o Palmeiras deixou tudo igual. Descontou com Flaco López e empatou com um golaço do fenômeno Estevão, 17 anos.
A virada verde não veio por detalhe, tal a pressão. Abel Ferreira foi criativo: Marcos Rocha por Dudu, um atacante. O zagueiro Naves pelo agudo lateral-esquerdo Vanderlan. Moveu peças e funções até quase virar.
O ponto somado virou os dois perdidos que mantiveram o Grêmio no Z-4. Com um fato histórico jamais visto: em coro, a torcida chamou Renato de burro.