Eis a última fronteira de 2024. Se padecer em casa na repescagem da Sul-Americana, o público no Beira-Rio vai cair no Brasileirão. Quase um abandono. Pode apostar. E quem criticar o Colorado será cruel e injusto.
Houve, em alguma outra temporada na centenária história do Inter, uma reversão de expectativa assim, com reforços de Europa entregando resultados insuficientes até para Gauchão?
É como sonhar com o paraíso e acordar no inferno, seja lá como forem a cobertura e o porão bíblicos. Não se pode exigir resposta coletiva do Inter de Roger Machado, que mal assumiu e tem pouco tempo de trabalho.
Então é hora de as estrelas compensarem, ao menos na noite desta terça-feira (23), o que não vem dando certo antes e depois da enchente.
A chance do Inter é Alan Patrick, Borré, Valencia ou Wesley se comoverem com o Beira-Rio lotado de gente que vem tomando uma pancada atrás da outra, mas segue acreditando. Se eles, acostumados a cenários mais chiques do que repescagem de Sula, forem tocados pelo dever da gratidão, dá para reverter o 1 a 0 de Rosario, com ou sem pênaltis.
Aí Roger Machado ganharia tempo para esvaziar o departamento médico e tornar o Inter competitivo. Em mata-mata, tudo é possível — inclusive esse Inter errante de 2024 ainda ser campeão.
A torcida vermelha merece esse gesto de respeito por parte de seus jogadores. Não pode passar desta noite de terça.