Serão só duas rodadas de paralisação de um campeonato de futebol. As vidas perdidas na catástrofe não voltarão. Que nenhum defensor da bola rolando a qualquer custo levante esse argumento, pelo amor de Deus, seja qual for o da sua crença. Trata-se do gesto. Do fato histórico de uma classe sempre desunida se posicionar. Do abraço fraterno em um pedaço do Brasil que só faz chorar há mais de 15 dias. A consciência foi ganhando o país.
Técnicos e jogadores se posicionaram sem pedir licença aos cartolas. Torcedores pressionaram. O Atlético-GO era contra, mas mudou de ideia. Os mineiros a defenderam desde o início. O Botafogo titubeou, mas cerrou fileiras com Vasco e Fluminense. Por fim, Bahia e Vitória desceram do muro e completaram os votos necessários para essa breve porém emblemática pausa, isolando Flamengo e o trio de ferro paulista — Palmeiras, São Paulo e Corinthians.
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Serão só duas rodadas paralisadas, mas foi um abraço gigante no povo gaúcho
O silêncio do futebol seria uma vergonha eterna. A história cobrará a fatura dos que recusaram a esse gesto mínimo ao RS
Diogo Olivier
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