Se for verdade essa oferta do Inter Miami, de até 20 milhões de euros (R$ 100 milhões) por Suárez, o Grêmio tem de aceitar. Valor assim por um jogador 36 anos (faz 37 em janeiro) é um baita negócio, mesmo sendo craque.
Melhor seria tê-lo voando na volta da semifinal contra o Flamengo, no Maracanã, é claro, mas aí já terá expirado o prazo da janela. O Grêmio perderia uma fortuna e ganharia um problema. E se ele ficar de nariz torcido, joelho mal-humorado e jogando mal a R$ 2 milhões por mês?
Foco no mata-mata
Como eu disse antes, no Sala de Redação, posso falar depois. Mesmo com uma semana de descanso antes do jogo contra o Atlético-MG, sábado (22), e mais três dias até o Flamengo, quem mostrasse desgaste significativo deveria ser poupado. Não valia o risco.
Era o caso de Villasanti, com dores. Suárez tinha de descansar o joelho, com ou sem crise interna. Renato acertou — e ainda ganhou Ronald, que recebeu chance com os titulares, facilitando sua primeira vez. A chance real de título é na Copa do Brasil. São quatro jogos só.
Não é acaso
Sem Suárez, o Grêmio foi operário e venceu o Galo. Sofreu no finzinho do primeiro tempo, mas depois defendeu muito bem o gol feito logo cedo. O jovem volante Ronald é mais um jogador que Renato ganhou. Não sentiu a Arena lotada.
O problema, sem Suárez, é a qualidade ofensiva. Só que o Flamengo titular nem do América-MG ganhou. A cada ataque ruim vinha um contra-ataque mineiro perigoso no Maracanã. O talento está do lado carioca, mas o Grêmio parece mais equilibrado. Ninguém é vice-líder do Brasileirão por acaso. À frente do Flamengo, inclusive.