Em entrevista ao SporTV, Renato fez uma distinção entre Arena e CT. A pergunta era sobre ter a chave do vestiário. Ele garantiu que tinha a chave do CT, e não da Arena. Quem conhece os bastidores do Grêmio sabe que essas expressões têm forte significado, para além de sinônimos de estádio e campo de treinamento.
Enquanto ele esteve lá, a cobrança sempre foi de que seus pleitos no futebol eram travados pela gestão executiva, na figura de Carlos Amodeo. Para preservar o superávit, algumas peças indicadas por ele para resolver (Pedro, lá atrás, por exemplo), eram considerados caros. O jeito era sugerir outros, mais baratos e com mais chance de dar errado. Renato saiu do Grêmio com essa leitura. "Eu sei o que está errado lá, mas não me cabe falar", disse ele. Renato isenta Romildo, vale lembrar.
Se qualquer grande clube brasileiro fizer proposta durante a temporada, e o troca-troca já começou, Renato terá conhecimento de seu elenco. Ele está assistindo jogo atrás de jogo, em casa, no Rio de Janeiro. Conversa, telefona, sana dúvidas, troca ideias. Vê o máximo possível de partidas. Não vai aceitar qualquer oferta de trabalho, é claro. Já recusou o Corinthians, inclusive. Mas seus planos de descanso estão terminando. Logo ali diante voltará ao trabalho.