Nada pode ser pior do que não saber porque ganhou. Aí é derrota certa em seguida. O Inter tem de entender os motivos do triunfo retumbante no Maracanã.
A primeira lição é jogar como pode. O Inter não sabe ser um time de posse de bola e muitos passes. Mas pode ser efetivo e praticar bom futebol reagindo sem retranca, baseando-se na transição rápida e nos muitos contra-ataques, sem entrar na vida cartesiana do “tudo por uma bola”. Outra lição é a corda esticada.
O Inter é uma equipe operária. Não tem craques. É obrigação sua superar essa deficiência correndo mais e tendo mais disciplina tática.
Se o Inter der toquinho para o lado contra o Fluminense, vai perder. Por fim, Edenilson e Patrick: sempre que o Inter consegue algo louvável, seja qual for o técnico e a proposta tática, eles defendem como volantes e laterais e armam como meias, entrando na área. São o termômetro tático.
Terão consciência para seguir assim, sem serem picados pela sensação de última bolacha do pacote? Outra: dois volantes marcadores dão certo contra times que atacam freneticamente, como Flamengo. Já não será assim diante do Fluminense. E, especialmente, quando o adversário for médio ou pequeno.