De tudo o que aconteceu na Vila Belmiro, só não encontro explicação para David Braz no lugar de Kannemann. Se o argentino estava 100% clinicamente, não vejo razão aparente pare ele passar a noite no banco vendo o Grêmio ser abatido da Libertadores.
Geromel e Kannemann se completam. Mesmo sem ritmo, Kannemann é muito mais jogador do que Braz. Agora, minhas convicções, citadas pelo campo. Restou-me a sensação de que o o Goiás fez mal para o Grêmio.
Luiz Fernando, Matheus Henrique e Pepê pareciam cansados, especialmente Matheus e Pepê. Como eles são guerreiros e corajosos, partiram para cima no ataque, mas faltou muita perna na recomposição. O mérito é todo do Santos.
Desfalcadíssimo, Cuca repetiu o que fez na Arena: 4-1-4-1 com tripé de volantes amarrando os volantes apoiadores de azul e asfixiando o ponto forte gremista, que é seu meio-campo.
Jean Pyerre foi mal. Tomou uma decisão errada perto de área. Falhou no passe, justamente sua maior virtude. Quis sair tocando de trás, como se fosse vergonha buscar outra alternativa naquele momento. Depois, perdeu gol feito.
As últimas partidas mostram que o Grêmio depende de JP. Na Arena, sem ele fisicamente, o time sumiu. Ontem, com ele em campo, mas a cabeça fora da Vila, idem.
Em tempo: crucificá-lo é crime. Dará muitas alegrias ao Grêmio. Zico perdeu pênalti em Copa. É do jogo. Do esporte.
Quando levou o gol de honra no volume do Grêmio, este já cheio de atacantes e sem volantes, no modo suicida, o Santos foi para cima com uma volúpia que o Grêmio nunca teve para assinar o 4 a 1. Noite gaúcha terrível, mas não é caso de terra arrasada. Se servir de aprendizado para a Copa do Brasil, não terá sido em vão. O Santos foi melhor nos dois jogos. Asfixiou. E mereceu.