Foi de assustar o que aconteceu após o pênalti passível de multa cometido pelo lateral-direito Rodinei, que impediu a vitória do Inter sobre o Bahia. O 2 a 1 garantido virou 2 a 2 e os minutos seguintes de acréscimos quase decretaram a derrota.
O time paralisou. Por pouco um Bahia em crise, de técnico interino, não voltou a Salvador com um triunfo improvável. O estreante uruguaio Abel Hernández salvou em cima da linha.
Contra o Palmeiras, também houve desordem mental no limitado lateral-esquerdo Moisés, igualmente com o resultado na mão, naquele lance que originou o empate do Palmeiras, quando era só afastar para a linha lateral. O Palmeiras ainda teve tempo de vir para cima em uma última jogada.
A parte tática está absorvida pelos jogadores. Seja qual for a escalação, o modelo é o mesmo. Isso é muito bom. Varia apenas a qualidade da atuação. Mas essa parte mental é um problema. Aconteceu nos Gre-Nais: um episódio ruim no jogo parece desencadear uma espécie de complexo de vira-latas, como dizia Nelson Rodrigues.
O Inter possui vários bons jogadores que ainda não conquistaram título pelo clube. Talvez isso pese.
O fato é que o time todo tem de acreditar de verdade que está na liderança por méritos, e não só ocupando vaga para Flamengo, Galo ou Palmeiras.